quarta-feira, 23 de julho de 2008

Novo endereço

Aos visitantes,

O Criança & TV mudou de endereço. A partir de agora, as discussões sobre o tema continuam no Mundo Animado, todas as quartas. Além de falar sobre o tema "crianças e televisão", o blog traz diversas informações sobre desenhos animados, como lançamentos em DVD e no cinema, notícias e estréias na telinha. Sejam bem-vindos ao novo endereço e espero que se divirtam com as novidades.

Shirley Paradizo

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Uma frase...

"A televisão se tornou a babá das crianças. Pesquisas apontam o grande poder que personagens de histórias, heróis, exercem sobre o psiquismo da criança. E não adianta dizer que é só trocar de canal, porque os pais não estão em casa, e mesmo quando estão, não conseguem controlar os filhos, é muito mais fácil que a criança fique na frente da televisão, quietinha, enquanto a mãe faz os afazeres de casa"

(Noemí Friske Momberger, advogada especialista em publicidade infantil, em um debate, em 2007, no Seminário Mídia e Psicologia)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Laura, Ulla, Otília e companhia

"Se você conhece alguma história de galinha, quero saber. Ou invente uma bem boazinha e me conte." O recado da escritora Clarice Lispector está no finalzinho do encantador A Vida Íntima de Laura, livro que o escritor Caio Fernando Abreu considerava "a melhor história sobre galinhas" que ele conhecia. Clarice dispensa comentários - a trajetória de Laura é pura epifania. Mas confesso que me apaixonei por Ulla, Gabi, as Marias (Rosa, Rita e Ruth), Otília, Juçara e Blondie, as simpaticíssimas galinhas, quer dizer, As Frangas (Editora Globo), de Caio Fernando Abreu.

Anos atrás, durante algum tempo, esse livro era "o" presente que meu filho levava para todos os amigos e amigas nos aniversários. Até que, um dia, eu e ele percebemos que tinha gente ganhando o livro pela segunda vez. Há algumas semanas, no meio de um cafezinho com as amigas-escritoras Carla Caruso e May Shuravel, as frangas apareceram na conversa - lá fui eu reler e, de novo, me apaixonar pelo texto de Caio: "... Tenho que explicar que gosto muito mais de chamar galinha de franga do que de galinha. Por quê? Olha, pra dizer a verdade, nem sei direito. Quando olho para uma galinha, acho ela muito mais com cara de franga. Acho mais engraçado. Ou só acho que acho, nem sei. Faz tanto tempo que digo franga que agora já acostumei..."

O livro é de 1988, é o único texto de CFA dedicado ao público infantil e foi considerado Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil. Na minha opinião, As Frangas é altamente recomendável pra todo mundo.

(Silvana Tavano)

* Mais uma indicação da amiga Silvana Tavano - editora da revista MARIE CLAIRE, blogueira do Diários da Bicicleta e autora da série de livros que contam as aventuras da bruxinha Creuza

sexta-feira, 20 de junho de 2008

As recordistas

As crianças brasileiras são as que mais ficam diante da TV. O levantamento foi feito pelo instituto de pesquisa Eurodata TV. Entre os países pesquisados estão Brasil, Estados Unidos, Indonésia, Itália, África do Sul, Espanha, Reino Unido, França e Alemanha. Segundo o estudo, as crianças brasileiras (de 4 a 11 anos) assistem em média a 3 horas e 30 minutos de TV ao dia. A Alemanha ficou com a menor média diária, 33 minutos.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Mais uma da Andi

Visitando o site da Andi mais uma vez encontrei outro material útil, e interessante, para os pais. Dessa vez, é um "tira-dúvidas" bem esclarecedor sobre como funciona a lei da classificação indicativa.

O que é?
A Classificação Indicativa é uma informação sobre o conteúdo de audiovisuais quanto à adequação de horário, local e faixa etária para serem exibidos. É um instrumento de proteção e promoção dos direitos humanos, que permite aos pais ou responsáveis escolherem se a programação é ou não adequada para a idade de crianças e adolescentes.

Qual é seu objetivo?
O foco da Classificação Indicativa é proteger a criança e o adolescente de conteúdos considerados inadequados a sua faixa etária. De caráter educativo, seu papel é produzir informações aos pais e às famílias sobre conteúdos inadequados em obras audiovisuais como filmes, novelas, jogos eletrônicos e espetáculos.

Qual é o processo da classificação?
As emissoras enviam para o Ministério da Justiça a sinopse do produto a ser exibido na televisão com a autoclassificação pretendida. Depois disso, as emissoras podem veicular a obra; ao Dejus cabe a responsabilidade de avaliar a autoclassificação, classificar e monitorar a programação. No caso das obras destinadas ao cinema, vídeo, DVD e jogos, as empresas enviam cópias das obras para o MJ que realiza análise prévia e os classifica.

Como é feita? Quais são as etapas?
O trabalho de Classificação é realizado por uma equipe de analistas do Departamento de Justiça, que atuam em diversas áreas como psicologia, direito, administração, comunicação social e pedagogia. Conta, também, com uma rede de colaboradores eventuais. A análise dos conteúdos é feita em três fases: análise objetiva de cenas que tenham sexo, drogas e violência; identificação dos temas e, por fim, a gradação, que classifica a obra de acordo com a idade. Os símbolos indicam o que não é recomendado para cada faixa etária.

Por que ela é importante?
Pesquisas apontam que a maioria das crianças e adolescentes do Brasil prefere a TV como forma de entretenimento e passa de 3 a 4 horas diante do aparelho de televisão. Outro ponto a se destacar é que os pais nem sempre selecionam aquilo que seus filhos assistem na telinha. Crianças e adolescentes são pessoas em desenvolvimento, que precisam de ajuda para selecionar aquilo que assistem.

Como é feita? Quais são as etapas?
O trabalho de Classificação é realizado por uma equipe de analistas do
Departamento de Justiça, que atuam em diversas áreas como psicologia, direito, administração, comunicação social e pedagogia. Conta, também, com uma rede de colaboradores eventuais. A análise dos conteúdos é feita em três fases: análise objetiva de cenas que tenham sexo, drogas e violência; identificação dos temas e, por fim, a gradação, que classifica a obra de acordo com a idade. Os símbolos indicam o que não é recomendado para cada faixa etária.

* Publicado originalmente no site da Andi

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Na frente da telinha

Em 1950, a TV passou a fazer parte do cotidiano dos brasileiros. Hoje, ela está presente em praticamente todos os lares e a discussão sobre o modo como a telinha influencia milhões de minitelespectadores fica cada vez mais acirrada. Afinal, a garotada tem à disposição uma infinidade de programas infantis ao alcance de um botão. Mas será que os pais devem liberar o controle remoto na mão dos filhos? "Ver TV tem um lado positivo, pois as crianças podem aprender fatos novos, modos de lidar com relacionamentos interpessoais e ter contato com culturas diferentes", diz a psicóloga infantil Lidia Dobrianskyj Weber, autora do livro Eduque com Carinho: Equilíbrio entre Amor e Limites (Editora Juruá).

Abusar desse entretenimento é onde mora o perigo. "Deve haver um limite em relação ao tempo em que a criança fica na frente do aparelho. Ela também precisa brincar e interagir socialmente, isso é fundamental para o desenvolvimento", afirma Claudemir Viana, pesquisador do Laboratório de Pesquisa sobre Infância, Imaginário e Comunicação da ECA-USP (Lapic). A violência que recheia muitos dos desenhos preferidos da garotada tira o sono dos pais. Em relação a isso, as opiniões divergem. "Ela pode usar violência para resolver problemas; seus heróis fazem isso", diz Lidia. Já Claudemir afirma que "as crianças vêem essas lutas não com sentido de violência pela violência, mas como sinal de valentia, coragem e como uma maneira de o herói salvar a Terra do mal".

Outra preocupação dos adultos está no fato de não saberem ao certo se o programa ao qual seus filhos assistem é adequado à idade. Por isso, é fundamental que os adultos acompanhem o que seus filhos vêem. "Eles podem conversar com as crianças, tecer comentários, fazer críticas, apontar para o que é fantasia e o que é realidade. Isso ajuda a criança a construir uma postura crítica diante da vida", diz a psicóloga e pedagoga Maria Beatriz Telles. E lembre-se: nada de proibir sem explicar o motivo. "Censurar não é educar, e sim alienar", finaliza Claudemir.

* Texto de Shirley Paradizo, publicado originalmente na revista MONET, edição de outubro de 2007, número 55

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Seu filho assiste a...

A série de animação canadense The Backyardigans tem ingredientes de sobra para entreter crianças a partir dos 3 anos de idade. Criado com a mais moderna tecnologia 3D e em formato de um musical infantil por Janice Burgess (Little Bill), o seriado acompanha cinco filhotes fofos que usam a imaginação para embarcar em fantásticas brincadeiras repletas de canções e aprendizagens. O pingüim azul Pablo, o alce laranja Tyrone, a criaturinha lilás Uniqua, a fêmea de hipopótamo amarela Tasha e o canguru roxo Austin moram na mesma rua e compartilham o mesmo quintal, que se transforma em um belíssimo e colorido cenário para ilustrar suas peripécias.

Com essa paisagem de fundo, eles encenam histórias baseadas, por exemplo, em viagens de piratas, em uma festa hip-hop ou em visitas a castelos medievais. Tudo regado a uma trilha sonora digna de espetáculo da Broadway. A cada episódio, as crianças aprendem quatro coreografias e músicas de um gênero diferente, que podem ir do tango ao reggae, passando pelo funk e pela bossa nova. The Backyardigans inspira a garotada a cantar e a dançar com adoráveis bichinhos, enquanto sobem montanhas, deslizam por geleiras ou velejam pelos oceanos em um divertido conjunto de exercícios que incentivam a sensibilidade pela arte, a coordenação motora e, é claro, a imaginação, o jogo simbólico, uma das características do pensamento pré-escolar.

* Texto de Shirley Paradizo, publicado originalmente na Revista MONET, edição de junho de 2007, número 51
* * Saiba mais sobre animações em MUNDO ANIMADO